quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Mata Atlântica está em festa?

Hoje, 27 de maio,  se comemora o Dia da Nacional Mata Atlântica, mas acho que não há muito o que comemorar não. A Mata Atlântica encontra-se, hoje em processo de extinção. Da chegada dos portugueses ao Brasil (1500), quando iniciou-se a extração do pau-brasil, importante árvore da Mata Atlântica, até a atualidade  "a especulação imobiliária, o corte ilegal de árvores e a poluição ambiental são os principais fatores responsáveis pela extinção desta mata."[1]

O Rio de Janeiro  reduziu em 85% a degradação - foi campeão do desmatamento entre 1990 a 2005 - e resta pouco para destruir. Os estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia são os maiores vilões.

Em números absolutos, Santa Catarina é o campeão de desmatamento no período, suprimindo 45.530 hectares de Mata Atlântica. Minas Gerais vem em seguida, tendo desmatado 41.349 hectares; a Bahia está em terceiro lugar, desmatando 36.040 hectares. Os demais Estados são: Paraná, 28.238 hectares; Mato Grosso do Sul, 10.560 hectares; São Paulo, 4.670 hectares; Goiás, 4.059 hectares; Rio Grande do Sul, 2.975 hectares; Espírito Santo, 778 hectares, e, finalmente, Rio de Janeiro, com 628 hectares.

“O Estado do Rio de Janeiro, campeão de desmatamento entre 1990 e 1995, teve poucas áreas desflorestadas acima de 3 ha. Neste Estado, houve redução de 85%. Levantamentos de campo identificaram desflorestamentos na ordem de 1 a 2 hectares, o tal “efeito formiga” - pequenos desmatamentos realizados em série, ainda muito intenso e verificado em áreas menores”, segundo  Marcia Hirota, diretora de Gestão do Conhecimento e coordenadora do Atlas pela SOS Mata Atlântica.

As principais características da Mata Atlântica são:
- Presença de árvores de médio e grande porte, formando uma floresta fechada e densa;  rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais;  as árvores de grande porte formam um microclima na mata, gerando sombra e umidade; fauna rica com presença de diversas espécies de mamíferos, anfíbios, aves, insetos, peixes e répteis; na região da Serra do Mar, forma-se na Mata Atlântica uma constante neblina. A imagem à esquerda, vê-se uma  Floresta virgem às margens do rio Paraíba do Sul retratada por Rugendas cerca de 1835.

O rio Paraíba do Sul nasce na confluência dos rios Paraitinga e Paraibuna, no município de Paraibuna, estado de São Paulo, percorre um pequeno trecho do sudeste de Minas Gerais, fazendo a divisa natural deste com o estado do Rio de Janeiro, atravessa grande parte desse último e tem sua foz no Oceano Atlântico próximo à cidade de São João da Barra. Seu percurso total é de 1.120 km, no sentido oeste para leste.


Flora - Exemplos de vegetação da Mata Atlântica 
 
- Palmeiras:  Palmeira é o nome comum da Arecaceae, anteriormente conhecida como Palmae ou Palmaceae, a única família botânica da ordem Arecales. Pertencem a esta família plantas muito conhecidas, como o coqueiro e a tamareira, abrangendo cerca de 205 gêneros e 2.500 espécies. Se distribuem pelo mundo todo, mas estão centralizadas nas regiões tropicais e subtropicais.
 Içara ou juçara (Euterpe edulis Martius) é uma palmeira nativa da Mata Atlântica, ameaçada de extinção por superexploração.


 
- Bromélias - Bromeliaceae Juss. é uma família de plantas floríferas pertencente à ordem Poales, representada pelas bromélias (Bromelia sp.). São quase exclusivamente originárias das Américas, principalmente das florestas tropicais, com apenas um gênero originário da costa da África Ocidental, no Golfo da Guiné. São aproximadamente 1.400 espécies em 57 gêneros. O gênero Ananas é muito cultivado na América do Sul para se produzir a fruta abacaxi. O gênero Bromelia é cultivado em todo mundo para o paisagismo de jardins.





- Begônias: São, de maneira geral, plantas ornamentais de folhagem característica, e ocasionalmente flores atraentes. Estimativas apontam para cerca de 1000 espécies de begónias. O Angiosperm Phylogeny Group aponta para a cifra de 1400 espécies, o que faz do género Begonia um dos 10 maiores do grupo das angiospermas.

- Orquídeas:  são todas as plantas que compõem a família Orchidaceae,  uma das maiores famílias de plantas existentes. Apresentam muitíssimas e variadas formas, cores e tamanhos e existem em todos os continentes, exceto na Antártida, predominando nas áreas tropicais. Majoritariamente epífitas, as orquídeas crescem sobre as árvores, usando-as somente como apoio para buscar luz; não são plantas parasitas, nutrindo-se apenas de material em decomposição que cai das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes.

- Cipós: Lianas (ou cipós) e trepadeiras pertencem a um grupo de plantas que germinam no solo, mantêm-se enraizadas no solo durante toda sua vida e necessitam de um suporte para manterem-se eretas e crescerem em direção a luz abundante disponível sobre o dossel das florestas. 
 Briófitas: compreende vegetais terrestres com morfologia bastante simples, conhecidos popularmente como "musgos" ou "hepáticas". São organismos eucariontes, pluricelulares, onde apenas os elementos reprodutivos são unicelulares, enquadrando-se no Reino Plantae, como todos os demais grupos de plantas terrestres. A palavra origina-se de bryon (grego)-musgo; e phyton (grego)-planta.

- Pau-brasil - é um dos nomes populares da espécie Caesalpinia echinata Lam. (echinata significa "com espinhos"), uma leguminosa nativa da Mata Atlântica, no Brasil. Seu nome em tupi é ibira pitanga, ou "madeira vermelha".
O nome popular em português deriva da cor de brasa da resina vermelha contida na sua madeira. É conhecido também pelos nomes de brasileto, ibirapiranga, ibirapita, ibirapitã, muirapiranga, orabutã, pau-de-pernambuco, pau-de-tinta, pau-pernambuco e pau-rosado. É também conhecida como pau-ferro por ser mais densa do que a água e não flutuar, o que prejudica o seu transporte no meio fluvial. São também conhecidos como pau-brasil, embora tenham preferencialmente outros nomes, a Caesalpinia ferrea (pau-ferro) e a C. peltophoroides (sibipiruna).

 - Jacarandá - árvore maravilhosa para a arborização urbana, caracterizada pela rusticidade, floração decorativa e crescimento rápido. Pode ser utilizada na ornamentação de ruas, calçadas, praças e parques, pois suas raízes não são agressivas. (É largamente utilizada no paisagismo, adornando pátios e jardins residenciais ou públicos, filtrando moderadamente a luz do sol).



Fauna - Exemplos de espécies animais da Mata Atlântica: 
A Onça-pintada (Panthera onca), onça, jaguar ou jaguaretê é um mamífero da ordem dos carnívoros, membro da família dos felídeos, encontrada nas regiões quentes e temperadas do continente americano, desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. É um símbolo da fauna brasileira. Os vocábulos "jaguar" e "jaguaretê" têm origem no termo guarani jaguarete. Na mitologia maia, apesar ter sido cotada como um animal sagrado, era caçada em cerimônias de iniciação dos homens como guerreiros.


Jaguatirica, ocelote ou gato-do-mato é um felino cujo nome científico é Leopardus pardalis ou Felis pardalis, originariamente encontrado na Mata Atlântica e outras matas brasileiras. Distribuída por toda a América Latina, é encontrada também no sul dos Estados Unidos. De hábitos noturnos, passa a maior parte do dia dormindo nos galhos das árvores ou escondido entre a vegetação. Vivem aos pares, o que é raro entre os felinos.No Brasil, ocorre na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal e Caatinga.




A Anta ou tapir, maior mamífero da América do Sul, é no entanto muito menor que seus parentes da África e da Ásia. Teorias recentes buscam a explicação para este fenômeno na última glaciação, quando a América teria secado demais para permitir a sobrevivência de animais de grande porte.



Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, a Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor herbívoro do mundo. Alimenta-se de capins e ervas, comuns em várzeas e alagados, e pode chegar a pesar até 80 kg. No Rio Grande do Sul, é também conhecida por capincho ou carpincho.

A Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus) é uma ave da família Psittacidae, que ocorre nos biomas da Floresta Amazônica e, principalmente, no do Cerrado. Essa arara torna-se madura para a reprodução aos 3 anos e sua época reprodutiva ocorre entre janeiro e novembro. Nascem 2 filhotes por vez e a incubação dura cerca de 30 dias. Depois que nascem, as araras-azuis ficam cerca de três meses e meio no ninho, sob o cuidado dos pais, até se aventurarem no primeiro voo. A convivência familiar dura até um ano e meio de idade, quando os filhotes começam a se separar gradativamente dos pais.

 O Muriqui-do-Sul ou mono-carvoeiro cujo nome científico é Brachyteles arachnoides é considerado o maior entre os primatas do continente americano, encontrado originariamente na Mata Atlântica brasileira, consta da Lista Vermelha da UICN na categoria Em perigo crítico. É um dos primatas mais ameaçados do mundo.




O Alouatta guariba é a espécie de Bugio que habita a Mata Atlântica, desde o sul da Bahia (subespécie Alouatta guariba guariba) até o Rio Grande do Sul, chegando ao norte da Argentina, na região de Misiones (Subespécie Alouatta guariba clamitans). As duas subespécies constam na lista do Ibama como criticamente em perigo e vulnerável, respectivamente.


O Mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) é encontrado originariamente na Mata Atlântica, no sudeste brasileiro. Encontra-se em perigo de extinção





O Tamanduá-bandeira, urso-formigueiro-gigante ou papa-formigas-gigante (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero xenartro da família dos mirmecofagídeos, encontrado nas Américas Central e do Sul. ele está ameaçado de extinção.


O Tatu-canastra (Priodontes maximus), também conhecido como tatuaçu, é uma espécie de tatu de grandes dimensões, encontrado na maior parte da América do Sul cisandina. Tais tatus chegam a medir até 1 m de comprimento, corpo coberto por poucos pêlos e patas anteriores dotadas de garras enormes, que auxiliam na escavação de buracos. Estão vulneráveis à extinção devido à caça para obtenção de carne e pelo desmatamento do habitat.

Fontes de pesquisa: [1]http://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/mata_atlantica.htm; O Dia; Wikipedia

1 comentários:

Larissa disse...

Me ajudou muito no trabalho! Esse post ta bem completo obg!